sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

336 LGBTs foram assassinado no Brasil em 2012


Levantamento do Grupo Gay da Bahia (GGB), que há 30 anos reúne dados sobre o tema, mostra que 336 LGBTs foram assassinados no  em 2012. No total, levando-se em conta duas transexuais que morreram na Itália, o número representa um aumento de 26% em relação a 2011, e um crescimento de 177% nos últimos sete anos. Segundo o GGB, ano passado, a cada 26 horas um LGBT foi morto.

"Em um ano, crescimento foi de 26%; Alagoas é o estado mais perigoso."

Os dados apontam ainda que Alagoas é o estado mais perigoso: foram 5,6 assassinatos para cada um milhão de habitantes, num total de 18 mortes. No Brasil, o índice é de 1,7 vítima LGBT para cada milhão de habitantes. Em números absolutos, São Paulo é o estado com mais vítimas: 45.

"O mais chocante são esse crescimento de 26% em relação ao ano anterior e a impunidade. Mais de 70% dos crimes não tiveram o assassino identificado. No Brasil, a sociedade, a polícia e até juízes transformam a vítima em réu. Homossexual é associado a marginal" diz o antropólogo Luiz Mott, ex-presidente do GGB e coordenador da pesquisa. "Para mudar, seria fundamental liberar o kit anti-homofobia, que ajudaria a formar quem está na escola, e aprovar o PL 122, que equipara homofobia ao racismo".


De acordo com o levantamento do GGB, os mortos eram: 188 gays, 128 transexuais e/ou travestis, 19 lésbicas e 2 bissexuais. A maioria das vítimas — 152 — estava no Nordeste.


"O Brasil precisa de política pública para combater o problema. Não pode mais ser no improviso" diz Mott.